A China de Ontem e de Hoje”
Um
dos livros que mais me fascinou foi “Cisnes Selvagens”, de Jung Chang.
Este
livro leva-nos a conhecer os antepassados da autora, que viviam numa China
ancestral, conduzindo-nos através da vida desta família até ao momento em que
Mao Ze-Dong morre.
O
conteúdo desta obra é divinal, não havendo, de certeza absoluta, um livro que
relate tão detalhadamente a vida da China e, na minha opinião, é também
incrível a proximidade de certos relatos desta obra com outros grandes livros,
como por exemplo “O Diário de Anne Frank”. Como será possível que tais horrores
consigam existir, de forma tão semelhante, em partes tão diferentes do mundo?
Do
meu ponto de vista, esta obra é enorme em termos humanos sendo que é uma das
características que a torna inigualável pois mostra-nos o sofrimento das
pessoas chinesas, mortas, a labutar doze horas por dia, em fábricas sem
condições, apenas comendo pão; as crianças mortas, por raiva, e as mulheres não
respeitadas pela sociedade, nem pelo governo, nem por ninguém. Jung Chang
consegue nas suas personagens retratar todos estes chineses, as suas histórias e,
de certa forma, a essência do seu ser.
Por
outro lado, este livro é também muito interessante em termos políticos e
económicos, uma vez que se “visualiza” o avanço da China, de um país
insignificante, disputado pelos senhores da guerra, até à China comunista, um
país com a maior população mundial, a maior produção industrial e agrícola do
mundo. Contudo o progresso trouxe também consigo a ganância do poder, o
“desaparecimento” de pessoas e uma China que não respeita ninguém, apenas os
seus interesses.
Assim,
posso seguramente dizer que este livro pertence aos poucos que ainda nos
consegue colocar no local onde se desenrola a acção. Qualquer leitor deve
“arrancar” este livro da estante e com ele trilhar os caminhos de um país mais
antigo que a religião cristã.
Uma
história sem precedentes!
João Barata, nº9, 10º 6ª
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