sexta-feira, 27 de abril de 2007

Escrita

Convidamos os comentadores a enviar textos de escrita criativa ou de outra tipologia para o CRE.
Endereço: becre@esec-vergilio-ferreira.rcts.ptou cat.guerreiro@gmail.com
Se for aluno, professor ou enc. de educação, preferíamos que se identificasse, porém não é obbrigatório.

Vamos Falar de Microcrédito


Foi em clima de expectativa que, no passado dia 7 Maio, as turmas do 10º ano e 11º anos (Cursos profissionais, Tecnológicos e Ciências Socioeconómicas) receberam, no auditório da BE-CRE, o secretário-geral da Associação Nacional do Direito ao Crédito (ANDC), José Centeio.
Falou-se da personalidade de Muhammad Yunus, o criador do conceito de microcrédito e laureado com o Prémio Nobel, das primeiras experiências que implementou no seu país natal, o Bangladesh, e do relato que delas faz no livro, O BANQUEIRO DOS POBRES. Esta informação foi traduzida, em directo, pela intérprete de linguagem gestual da nossa escola.
O secretário da ANDC explicou, também, o modo como tem sido concretizado o microcrédito no nosso país, quais os conceitos e finalidades que fundamentam a selecção dos candidatos e o seu posterior encaminhamento. Como associação ao serviço de micro-empresários estabelece uma rede de solidariedades e disponibiliza acompanhamento técnico. Neste âmbito informativo, foram distribuídos folhetos e desdobráveis aos participantes no colóquio.
No essencial, foi um poderoso testemunho quanto à “fé inabalável na criatividade dos seres humanos” para, através de meios concretos, ultrapassarem “ a miséria da fome e da pobreza” (M. Yunus) na sociedade actual em que o desemprego grassa, gerando esperança e desafiando um dos velhos flagelos da Humanidade.


quinta-feira, 26 de abril de 2007

Escrita

Convidamos os comentadores a enviar textos de escrita criativa ou de outra tipologia para o CRE.
Endereços: becre@esec-vergilio-ferreira.rcts.pt ou cat.guerreiro@gmail.com
Se for aluno, professor ou enc. de educação, preferíamos que se identificasse, porém não é obrigatório.

Terceiro encontro de leitores do Clube de Leitura

Para o terceiro encontro de leitores escolhemos o dia 5 de Junho, às 17h e 15m. Esperamos que os alunos e professores estejam mais libertos das tarefas ligadas à avaliação. Também seria óptimo que surgissem outros leitores de outros grupos da comunidade escolar.

Neste terceiro período,continuando a privilegiar a articulação com a sala de aula, escolhemos a poesia do século XX e XXI. Divulgamos o leque de livros e autores escolhidos, mas estamos abertos a ouvir referências a outros autores de qualidade que queiram divulgar.

Livros propostos:

Poesia do séc.XX e XXI

Autores propostos:

Fernando Pessoa :
– Poesia de F. Pessoa
- Poesia de Álvaro de Campos
Mário de Sá - Carneiro :
– Poesia de Mário de Sá – Carneiro
Sofia de Mello Breyner:
– Livro Sexto
- Búzio de Cós
- Antologia Poética
António Gedeão:
- Antologia Poética
- Poemas Póstumos (2 ex.)
António Aleixo:
- Este Livro Que Vos Deixo ( 2 ex.)
Eugénio de Andrade :
- Antologia Breve
- Rosto Precário
- Obscuro Domínio
- Matéria Solar
-O Sal da Língua
David Mourão Ferreira:
- Obra Poética vol.I
- Quatro Tempos
Ruy Belo :
- Homem de Palavras
-Antologia poética
Florbela Espanca:
- Sonetos ( 2 ex.)
Sebastião da Gama:
- Campo Aberto
-Cabo da Boa Esperança
- Serra-Mãe
- Itinerário Paralelo
José Régio:
- Fado
- Música Ligeira
Al Berto:
- Horto de Incêndio ( 2 ex.)
-Três Cartas da Memória da Índia
José Gomes Ferreira:
- Antologia Poética
Manuel Alegre:
- Tinta Anos de Poesia
Miguel Torga:
- Antologia Poética
Mário Cesriny:
- Manual de Pretidigitação

Vários Autores( Pessoa, Ruy Cinatti, Natália Correia, Nuno Júdice e Al Berto):
- Odes Marítimas
Vários Autores (Além de autores de séc. passados,há muitos autores contemporâneos : Alexandre O'Neill, Daniel Filipe, António Osório,Mª Teresa Horta, Manuel António Pina,Nuno Judice, Maria do Rosário Pedreira, Pedro Mexia,etc...)
- A Alma não é Pequena

Comemoração dos Dias Históricos- 25 de Abril

Lembremos o poema de Sophia de Mello Breyner:

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Conforme o projecto inicial resultante da parceria entre os professores de História, o de TIC e a Sala de Estudo, as turmas primeira e quarta do nono ano realizaram inquéritos de rua sobre o 25 de Abril, com destaque para os aspectos positivos decorrentes da revolução, visando um estudo estatístico e interpretação de dados na primeira fase e posterior apresentação em power pointt. cruzando os resultados com imagens e música da época.

Dentro de duas semanas, os alunos apresentarão os dois trabalhos colectivos na Sala de Estudo.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Dia do Livro, 23 de Abril

Mesmo que todos os dias sejam dias de livros, não deixemos de assinalar este dia. Só lembrar que um livro nunca nos deixa sós e como, às vezes, é difícil arranjar um momento a sós com o nosso livro. Essa intimidade e cumplicidade dificilmente será substituível...
Lembremo-nos, então, que um livro pode preencher muitas vidas...

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Conferência - Professores para quê?

Realizou-se no auditório do CRE a 4ª Conferência promovida pela Assembleia de Escola em que o tema era a situação dos professores no novo contexto económico, social e cultural.
A comunicação de abertura foi proferida pela Presidente da Assembleia de Escola, Prof.ª Estela Bettencourt, que realçou a difícil situação em que se encontram os professores portugueses,tão pouco valorizados pela sociedade,mas sem nunca desistirem dos seus alunos.
Seguiu-se a comunicação do prof. António Teodoro, antigo presidente da Fenprof,que apresentou as novas condicionantes da escola à luz da globalização e das suas contradições.Uma citação interessante foi esta : " Nunca tantos deixaram de acreditar na escola, nunca tantos a desejaram e procuraram, nunca tantos a criticaram, nunca tantos tiveram tantas dúvidas sobre o sentido da mudança"- João Barroso .
Outro ponto interessante foi a sua perspectiva sobre o perfil do prof. hoje:
- um militante da justiça social
- um investigador da sala de aula
À tarde,, a primeira comunicação foi proferida pela prof.ªManuela Silva e centrou-se no tema " O Mundo Interior dos Professores". A questão abordada evidenciava a distância que existe entre o professor ser humano e o professor idealizado pelo próprio.Os problemas resultam do choque entre os dois.Daí, a instabilidade emocional que tantas vezes existe.
A segunda comunicação esteve a cargo da prof.ª Rosário Barros e intitulou-se " Os Terrores da Performatividade". A temática centrou-se na questão da educação dominada pelas forças que comandam o mercado, dos indicadores, tão enfatizados pela imprensa, que forçam a competição e a exigência de reultados,embora esqueçam a disparidade dos contextos que avaliam. Enfim, toda a mercantilização do conhecimento que não é compatível com as estratégias de ensino mais individualizadas. Neste contexto, se consome a vida dos professores...Apesar de tudo, no final, houve palavras de esperança, porque os nossos alunos merecem o nosso esforço e não queremos desistir.

Oficina de escrita - Poema

Perguntei: O que és?
E tu respondeste: Sou um jogo de traços.
Faço uma careta e lanço-te aquele olhar a dizer:
Explica-te melhor...
E tu explicas: Sim... sou traços leves, carregados, duros, macios...
Sou traços claros, escuros...
Sou traços que acalmam e chocam a verdade que tão falsa é...
Sou traços que brincam e mostram o tanto que é tão pouco do que vemos...
Sou traços que nascem e morrem como imaginas
E eu voltei a perguntar: O que és?
E, com tua grande serenidade, continuas:
Sou o que tão simples pode ser como tão complexo me podes tornar.
Sou pensamentos, sou experiências, sou o que vives e o que viveste...
Que mais serás?
Sou o quê ou quem tu desejas.
Sou uma esperança, sou um sobrevivência
Sou a Vida ou sou a Morte
Sou abstracta ou sou concreta
Sou como me querem, sou como me sentem...
Ja embaraçado, de tanto indagar, repeti: O que és?
Sem demora e firmemente, disseste:
Sou tudo o que existe e não existe.
Então, respirei fundo, bem devagar...
E nesses segundos, olhei para todo o Mundo...
E conclui sem conclusão absoluta:
Tu és Arte.
Eu sou Arte...


Bruno Portugal


O Poeta

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Concurso Nacional de Leitura

A Biblioteca Municipal de Loures informou-nos já sobre a data da fase distrital do concurso e quais os livros a ler para concorrer.
Aqui vai a informação para os nossos concorrentes e para toda a escola:

Fase distrital a realizar na Bilioteca José Saramago, em Loures, dia 12 de Maio, das 10h e 30m às 11h e 30m.

Livros a concurso para o terceiro ciclo:

A Floresta de Sofia de Melo Breyner
Inês De Portugal de João Aguiar
Quem Me Dera Ser Onda de Manuel Rui

Livros a concurso para o secundário:

O Velho Que Lia Romances De Amor de Luís Sepúlveda
A Instrumentalina de Lídia Jorge
A Cidade E As Serras de Eça Queirós

Conforme indicação da Biblioteca de Loures, os alunos devem comparecer às 9h e 30m e ir munidos de uma autorização do encarregado de educação para poderem participar no concurso .

Professores da nossa bilioteca acompanharão os alunos.

Informação útil

As obras a concurso estão à disposição dos alunos na nossa biblioteca, à excepção da obra do escritor angolano Manuel Rui, Quem Me Dera Ser Onda, por estar esgotada neste momento. Pedimos aos alunos, professores ou encarregados de educação que, eventualmente, a possuam o favor de a emprestarem à biblioteca até 12 de Maio. Por favor, contactem a Prof.a Catarina Guerreiro.

Aqui vai uma breve informação sobre a obra do escritor angolano, Manuel Rui:

Quem Me Dera Ser Onda

Na família Diogo cada vez mais se desenhava diferença de atitude em relação a “carnaval da vitória”. Os dois miúdos tratavam o porco como membro da família. Limpavam o cocó dele, davam-lhe banho e, todos os dias, passavam nas traseiras do hotel a recolher dos contentores pitéus variados com que o bicho se giboiava.
O suíno estava culto, quase protocolar. Maneirava vénias de obséquio com o focinho e aprendera a acenar com a pata direita, além de se pôr de papo para o ar à mínima cócega que um dos miúdos lhe oferecesse na barriga.
Pai Diogo aferia o porco de maneira diferente. Para ele era tudo carne, peso, contabilidade no orçamento familiar. Indisposto de engolir o peixe frito, os olhos dele bombardeavam direito no porco para um balanço da engorda: “estás-te a aburguesar mas vais ver o que te espera – e com a mão no pescoço mostrava-se aos filhos na forma como se corta uma goela – faca! É o fim de todos os burgueses!
Os garotos desgostavam daquela forma do pai ser. Entristeciam da cena porque “carnaval da vitória” estava já na vida do coração deles ancho de amor pelo amigo mais íntimo. (link)