quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween...!

Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há...





Um feliz dia das Bruxas, com muitas (mais) doçuras (que) travessuras, e uma grande dose de boas leituras! Nunca é demais rever ou reler um daqueles clássicos do Halloween e do imaginário ligado às bruxas e semelhantes...quiçá um Frankenstein, um Drácula ou um Van Helsing para dar mais cor ao serão...

E claro, atenção porque....
...elas andam aí!

domingo, 28 de outubro de 2012

“O Amor Juvenil Através dos Tempos: Do Amor de Perdição aos Nossos Dias” - síntese

A obra Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, detém um lugar privilegiado de
herdeira de uma longa e venerável tradição romanesca que se vem elaborando desde a
Antiguidade Clássica, sendo precisamente o modo como conjuga influências do património
literário anterior com a actualização dos modelos cedidos pelo mesmo (o que o autor
consegue através do desenvolvimento ímpar, seguindo uma abordagem pessoal, dos
arquétipos herdados) uma das coisas que torna este livro um marco da literatura
portuguesa.

No entanto, o mais notável, em Camilo, é a autenticidade da maioria das
personagens e a credibilidade das relações entre elas estabelecidas. O autor deste romance
soube compreender o Amor na perfeição e o modo como o trata na obra em questão é
simultaneamente realista à luz do tempo em que viveu e intemporal, o que faz com que as
suas personagens uma feição de flagrante actualidade.

Sem dúvida, a “sacralização do amor”, hoje em dia, não se processará nos mesmos
moldes, o que não obsta a que o neo-platonismo, omnipresente ao longo deste livro, seja,
ainda no presente, uma constante do verdadeiro sentimento, do mesmo modo que não
impede que a matéria dessa sacralização e sua vivência sejam, na sua essência, as mesmas
Partindo de uma leitura atenta da obra, facilmente se pode concluir que não podia estar
mais longe da verdade a ideia que hoje vulgarmente se tem de uma literatura camiliana
exagerada, marcada por excessos patéticos. Se Camilo leva, no romance, o amor ao
extremo é porque foi o amor juvenil que o escritor escolheu tratar, precisamente aquele que
talvez seja o estádio mais absoluto do sentimento – e, obviamente, o que é absoluto
facilmente conduz a extremos. Temos, pois, em mãos, um livro que tem tanto de pungente

humanidade e verdade hoje em dia como o teve no já remoto ano de 1862.
Tomás Vicente 12º9ª nº21
[síntese do supramencionado trabalho apresentado no CCB no passado dia 24, destinada a publicação no próximo número da revista Opsis]

sábado, 27 de outubro de 2012

Homenagem a Manuel António Pina


"A Um Homem do Passado"

Estes são os tempos futuros que temia 
o teu coração que mirrou sob pedras, 
que podes recear agora tão fundo, 
onde não chegam as aflições nem as palavras duras? 

Desceste em andamento; afinal era 
tudo tão inevitável como o resto. 
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se 
da tua vista os bons e os maus momentos. 

Tu ainda tinhas essa porta à mão. 
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.) 
Agora já não é possível morrer ou, 
pelo menos, já não chega fechar os olhos. 

Manuel António Pina, in Nenhum Sítio


Manuel António Pina, poeta e um nome de grande relevo da literatura portuguesa contemporânea, morreu no passado dia 19 de Outubro, no Porto, aos sessenta e oito anos de idade, deixando para trás uma obra vasta e variada, um marco das nossas letras. 

Aqui ficam alguns sites com notícias actualizadas acerca da morte do poeta, entrevistas que este deu e locais onde se pode ler a sua poesia online:




"Não se mandam cartas, mandam-se SMS"


Esta é a segunda parte da conferência realizada no Pequeno Auditório do CCB na passada quarta-feira. Nesta segunda parte intervieram vários intelectuais de renome, debatendo o tema de uma outra perspectiva.

Para ficarem a saber mais, vejam a notícia apensa que foi publicada no suporte digital do Diário de Notícias

Paralelamente, todos os bibliófilos da nossa escola e do exterior podem, no site do mesmo jornal, fazer o download de doze livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir das edições antigas existentes no espólio da Biblioteca Nacional...uma delícia para os olhos e para a mente!

"Amor de Perdição na perspectiva dos amores juvenis de hoje"



Aqui está a gravação da palestra "Amor de Perdição na perspectiva dos amores juvenis de hoje", realizada no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém na passada quarta-feira, dia 24 de Outubro, no âmbito do Ciclo Camilo Castelo Branco organizado pelo CCB para comemorar o aniversário dos 150 anos de publicação do romance Amor de Perdição. Esta palestra resultou de uma parceria entre o CCB e algumas escolas secundárias de Lisboa, uma das quais foi a nossa, representada pela professora Manuela Ramos (de Português) e pelo aluno Tomás Ferreira, do 12º9ª.

Numa sociedade em que, mais do que nunca, é preciso promovera cultura, essa divulgação passa pelo conhecimento dos clássicos da nossa literatura, em cujo cânone de textos Camilo Castelo Branco ocupa, sem dúvida, um lugar privilegiado de gigante, ainda que, muitas vezes, seja injustamente denegrido e menos considerado relativamente a escritores como Eça de Queirós.

Esse conhecimento dos marcos da nossa literatura deve ir, claro, além de uma simples leitura. Deve-se analisar o que se lê, questionar, reflectir sobre o livro, sobre a(s) sua(s) mensagem(ns), sobre o que nos ensina, etc. Usando dessa abordagem, ver-se-á, por exemplo no caso d' O Amor de Perdição, que a obra de Camilo, longe de estar datada de ser, como tem vindo a ser rotulada, "obsoleta", é um quadro vivo da condição de ser-se humano, que nos fornece modelos e personagens cujas características pessoais ainda se encontram na realidade, entre nós, todos os dias.

Mediante, pois, a importância da preservação do respeito e do amor pela Literatura Portuguesa, é com satisfação que constatamos o sucesso da participação dos representantes da nossa escola e que exortamos todos os membros da nossa comunidade escolar a "despertarem" para os encantos que nos apresenta o mundo das letras, que é, bem se pode dizê-lo, um universo com infinitos universos nele contidos. A escola, como espaço de formação intelectual e de descoberta de identidades, é o espaço certo para nos envolvermos nesse novo mundo.

Na nossa escola, em particular, onde abundam pessoas empenhadas e meios vastos, tem, por isso, existe o ambiente necessário para que as consciências despertem e as sensibilidades intelectuais floresçam, pelo que esperamos que, no futuro como no presente, se perpetue a conjuntura que permite que se aproveite o melhor de cada um, de cada situação e o melhor de cada dia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


           Dia Internacional das Bibliotecas Escolares




Os professores  de português, inglês e francês estão convidados a visitarem-nos, durante o dia, com os seus alunos (no início ou final da aula), para escreverem uma frase ou fazerem um desenho, num painel intitulado:  A Biblioteca é...







 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Dia Mundial da Alimentação
Em todo o mundo, cerca de 800 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar. Isso significa que não têm acesso à alimentação saudável, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente.
Esta data é comemorada há 27 anos e lembra a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Foi assim na nossa Escola...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

28 de setembro - Encontro de Bibliotecas Escolares e Municipais



A nossa escola recebeu este ano o Encontro de Bibliotecas Escolares e Municipais promovido pela DRELVT  em parceria com a RBE.
Foi um momento de partilha de boas práticas em que todos aprendemos que a boa colaboração faz mover quase todos os obstáculos.
A todos os bibliotecários e demais intervenientes nesta tarefa sempre inacabada de promoção da leitura a biblioteca da Vergílio deseja um bom ano de trabalho.




A



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cantinho da poesia


A Canção dos Dias

A cada dia, ao despertar,
Sinto algo que vem das profundezas
De tudo à minha volta,
Com o intento de me puxar
E comigo mergulhar
Nas maravilhas a desabrochar.
                                  
Ao longo do dia fatigante,
Nem um instante me abandona
Esse espírito melancólico,
Que espera a momento oportuno
Para soltar em mim a nostalgia
Pelo que hoje existe
E amanhã fenecerá.

O crepúsculo aveludado
Dá-lhe mais força e o fogo arde,
Mais vivo no lar de pedra.
Mas só quando, por fim,
À almofada fofa faço confissões
É que, dentro de mim,
Esse bichinho se liberta
E me apaga o corpo,
Ficando só o espírito,
Que sai pelos campos a viajar.

E, por ter estado preso longo tempo,
Tem uma tão grande fome de sonhar
Que nunca mais o consigo encontrar.
De noite chora pela Natureza do luar coberta,
De dia saltita por vales indómitos
E vai sempre um passo à minha frente,
Calcorreando o mar do sonho
Ao sabor da música escutada,
O som da canção dos dias.

Tomás Vicente, 12º 9ª