sexta-feira, 9 de março de 2012

Dia da Mulher




Trabalhadora Silenciosa


para a minha Avó...

Amanhecia no campo da vida
E, pelo trilho tortuoso, em penosa subida,
Ia uma mulher, carregada de fardos,
Que  tudo enfrentava e suportava
Com corajosa paciência e determinação
De quem não se importa com os cardos 
Que a sorte o seu percurso ornava.

Muitos quilómetros fez ela assim,
Todos os obstáculos transpondo
Sem que vez alguma bradasse ao céu redondo
Que era dura a crueldade do destino.

Anoitecia agora sob o céu,
Ia já velha e curvada
Mas nunca vergada.
Tomás Vicente, nº27, 11º3ª



2 comentários:

Clotilde disse...

Ficaria eu eternamente agradecida a Deus se, um dia, um neto (meu) me dissesse algo semelhante a este poema. A tua avó continua a ter razões, e de sobra,para o fazer.
Achei muito interessante o encontro com a tua prof. de Português, particularmente o facto de ter conseguido atrair «as massas». Um abraço Tomás. C

Tomás Vicente disse...

Obrigado, professora! Apesar de tudo, a vida traz-nos coisas boas e eu tenho a certeza de que, daqui a uns anos, quando já souber ler e escrever, a sua neta lhe vai dizer coisas como estas e melhores ainda! Muito obrigado pelo seu comentário e por ter estado presente na sessão de sexta-feira! Não é para me gabar, mas acho que foi um enorme sucesso!