quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

As Escravaturas de ontem e de hoje

Já não se é escravo como se era antigamente. A escravatura foi abolida há muito, na maior parte dos países, mas continua a ser um problema global.

Nos séculos XVII e XVIII, navios carregavam “carvão” no porão até ao novo mundo. Muitos negros eram capturados em África e eram levados em condições desumanas a casas onde eram forçados a servir. Não tinham salário nem capacidade reivindicativa! Evoluiu-se muito nos Direitos Humanos.

Não podemos esquecer, porém, aqueles que trabalham mais de doze horas por dia em fábricas nos Novos Países Industrializados, para aumentar ainda mais o poder de compra dos ocidentais.

O trabalho infantil é uma triste realidade em muitos países como Costa do Marfim ou Costa Rica. Há quem afirme que, se os países desenvolvidos não investissem no Terceiro Mundo, o desemprego seria ainda maior. Há, porém, modelos de desenvolvimento económico alternativos. Os ocidentais começam a pagar pelos erros do passado: a concorrência dos produtos asiáticos já levou milhões ao desemprego, por toda a Europa. Parece-me inevitável que, com o passar do tempo, as pessoas nesses países cedam a direitos adquiridos com séculos de luta do proletariado.

Há ainda outro tipo de escravatura que, estando mais oculto, não deixa de ser preocupante: o consumismo. As pessoas são escravas da moda porque querem fazer parte dela. Isso implica constantemente a compra de carro novo, roupa nova, brinquedos novos,... E mais uma vez, as populações mais pobres pagam pelos caprichos ocidentais.

A escravatura ainda existe. Não de forma tão evidente como antigamente, mas continua a funcionar de forma semelhante. Os mais pobres e desprotegidos trabalham para os mais poderosos. Podemos, isso sim, minimizar o problema. Cada um de nós deve ponderar se deve comprar um produto mais barato e menos ético, ou pagar mais para ter a consciência tranquila.

Tomás Reis

Nº 28

11º9ª

1 comentário:

BE Vergílio Ferreira disse...

Dá gosto ler estas ideias duma cabecinha de dezasseis anos.Boa informação e consciência cívica.
Parabéns pelo teu texto,Tomás!