segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Clube de Leitura - 2008/2009
Neste período,após consulta aos professores de Português do ensino secundário, publicámos a lista dos livros aconselhados para leitura recreativa, dos quais destacamos: o romance de Manuel Alegre, Alma, as crónicas de Clara Ferreira Alves, Mala de Senhora, algumas crónicas seleccionadas de António Lobo Antunes, Contos do Nascer da Terra e Cada Homem é Uma Raça de Mia Couto.
Consultem a lista no CRE ou na entrada do bloco A, peçam indicações aos vossos professores de Português e venham falar informalmente destas ou de outras leituras num encontro de leitores a realizar no CRE, a agendar na última semana do primeiro período.
Contar uma história que nos entusiasmou é sempre um prazer, pois todos gostamos de contar e, sobretudo, de ouvir.É um dos mais antigos prazeres da humanidade, todos nos perdemos por uma oa história...
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Aula de Substituição ...
“A Escola é o local de crescimento por excelência” (Sofia Barrocas)
A escola não é apenas o teu destino rotineiro das oito da manhã,
É mais que isso,
É mais que um compromisso,
É o início de um amanhã...
Acordas cedo,
Sem vontade de levantar,
Não tenhas medo,
É só mais um dia que vai passar.
Chegas à escola,
Quase na hora de entrar…
Vai lá, vai para a aula,
Não te podes “baldar.”
Entras na sala
E é uma aula de substituição…
“Não posso crer,
Até parece maldição!”
Professora desconhecida
Lê um artigo sobre a escola,
Diz fazer parte da nossa vida,
Jamais irá embora.
Momentos juntos partilhados
Fica a vivência
Com professores, amigos e empregados
Neste local de crescimento por excelência
E, nesta carteira,
Com uma caneta na mão,
Dedico à Vergílio Ferreira
Pedaços da minha inspiração.
Andreia Alexandre
Maria Teixeira
12º 4ª
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Olhares jovens sobre a velhice
O Senhor das Horas
“Tem horas?”, perguntava como se estivesse, impacientemente, na expectativa de ser aquela a sua hora. Debruçado sobre uma varanda esquecida, repetia a pergunta a todos os que passavam na sua rua. Poucos eram os que respondiam. Uns riam-se e nem uma palavra pronunciavam e outros lá retorquiam por culpa da pena.
“Tem horas, menina?”, perguntou-me certo dia. “São nove e cinquenta” e segui o meu caminho. Quando parei, olhei para trás. Toda aquela imagem cinzenta e antiquada do casarão e o seu senhor contrastava com um ambiente urbano, repleto de estudantes com um mundo inteiro por descobrir e tantas respostas por obter. A única resposta que o “senhor das horas” precisava era aquela, “são nove e cinquenta”. Nada mais procurava saber. Essa era agora a sua vida, entregue a duas palavras. Esquecido, acompanhado pela solidão, perdido no tempo, esperando…
Maria Palma Graça Teixeira
12.º 4.ª
Professores no CERN
Professores portugueses na escola de Verão do CERN
O mundo das partículas estranhas
Hadrões, piões, mesões, muões, quarks e outras palavras estranhas fazem parte do vocabulário do mundo da Física de Partículas.
De 1 de a 5 de Setembro, estivemos, professores portugueses da área da Física e Química, de vários pontos do país, a participar numa Escola de Verão no CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire, Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear).
Esta iniciativa foi organizada pelo LIP (Laboratório de Investigação de Física de Partículas) e pelo CERN com a colaboração do Programa Ciência Viva.
Durante a nossa estadia no CERN, assistimos a palestras cujos prelectores foram cientistas portugueses que trabalham no CERN, visitámos experiências e aceleradores, sempre acompanhados por investigadores portugueses. Foi muito bom estar sempre a comunicar em português!
Tivemos oportunidade de construir uma Câmara de Nuvens, acompanhados por dois cientistas húngaros. Nesse momento, ocupámos o lugar de alunos e, em grupos, realizámos uma actividade prático-laboratorial.
É de recordar a aula com o doutor Álvaro Rujula, espanhol ,que deu uma aula diferente . Jamais assisti a uma aula cujo professor saltasse para cima de uma mesa para conseguir estar numa boa posição para toda a turma, incrível....
Com um programa tão vasto, ainda houve tempo para conhecer a cidade de Genebra, a partir da realização de um peddy-paper. Esse dia terminou com um jantar muito animado no restaurante do Hotel Edelweiss.
Tivemos, também, um encontro informal com os investigadores portugueses no decorrer de um barbecue, houve oportunidade para troca de ideias e assim descobrir mais sobre o que é ser português e estar integrado num tão vasto mundo como é o CERN.
A semana decorreu de uma forma pacífica, integrando todas as proposta de actividades e visitas.
Para mim, foi um boa experiência no seu todo e o que mais me marcou foi o entendimento que surgiu entre algumas pessoas, a visita ao local onde são criados os protões, a visita ao Centro de Cálculo do CERN e a visita ao CMS, um detector de partículas que faz parte do LHC (Large Hadron Collider) .Este último ,o colisionador de hadrões que entrou em funcionamento no dia 10 de Setembro, ainda é um bebé mas a comunidade científica tem grandes expectativas em relação a ele…
As três palavras que usei para definir esta Escola de Verão foram: motivador, útil e fabuloso. É necessário que estas iniciativas que contam com muito do voluntariado dos investigadores continuem a dar oportunidade aos professores portugueses e que, em cada ano, sejam seleccionados professores que tenham vontade de ir mais além, aprendendo de modo a estar bem preparados para as suas aulas.
Houve quem, zangado ou não, por não ter sido seleccionado, tivesse dito que estas iniciativas são só para os amigos. Talvez seja, quando após uma semana de convivência se formam laços de amizade, ficando o desejo expresso de, no futuro, continuar o trabalho iniciado, marcando encontros para reviver ou não o passado.
É muito importante que o processo de selecção seja o mais transparente possível, que todas as regras sejam conhecidas, pois só assim as dúvidas serão reduzidas e explicadas.
O doutor Mick Storr, representante do CERN que, em vários momentos, esteve connosco, disse que nós, os professores somos embaixadores do CERN, e como tal devemos:
-manter o interesse dos alunos na Ciência;
-desenvolver a literacia científica;
-motivar os alunos para o estudo da Ciência na Universidade.
Cada professor sabe o que tem feito, o trabalho que tem desenvolvido com os seus alunos.
A partir desta experiência temos mais motivos, conhecimentos e meios para ir mais além!
Que este ano lectivo seja repleto de boas experiências para todos que navegam no meio escolar!!!!
Angelina Fortes
professora de Física e Química A
Escola Secundária de Vergílio Ferreira