quarta-feira, 18 de junho de 2008

Clube de Leitura

O clube de leitura não reuniu este período, apesar de haver muitos alunos que leram as obras propostas.

Explicações:

  • dificuldades no agendar do encontro, de modo a que satisfizesse todos os intervenientes;
  • esperávamos a visita do autor José Luís Peixoto, muito lido e apreciado, que prometeu vir, mas não conseguiu cumprir.
Como somos persistentes, para o ano vamos conseguir fazer um encontro de leitores e autor.
Boas férias e muitas leituras!

Uma pequena amostra para despertar a vontade de ler

José Luís Peixoto

fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.


o tempo, subitamente solto pelas ruas e pelos dias,
como a onda de uma tempestade a arrastar o mundo,
mostra-me o quanto te amei antes de te conhecer.
eram os teus olhos, labirintos de água, terra, fogo, ar,
que eu amava quando imaginava que amava. era a tua
a tua voz que dizia as palavras da vida. era o teu rosto.
era a tua pele. antes de te conhecer, existias nas árvores
e nos montes e nas nuvens que olhava ao fim da tarde.
muito longe de mim, dentro de mim, eras tu a claridade.

Alunos Premiados

ATRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS RELATIVOS ÀS ACTIVIDADES CULTURAIS 2007/2008

AUDITÓRIO DO CRE - 5 de Junho


Categoria

Classificação


Nome


Ano/Turma





Gincana Cultural


Oriana Gomes

Patrícia Caldeira


10º 8ª


10º 8ª



Afonso Anselmo

Joana Carmona


8º 1ª


8º 1ª



João Maria

Gonçalo Peixoto

9º 2ª


9º 2ª



Concurso Pessoana

Paulo Silva

12º 7ª


Ana Costa

12º 9ª


Ciência é Notícia

Tiago Freire

10º 3ª



Olimpíadas da Matemática

Mariana Mesquita

José Fonseca

João Lopes

7º 1ª

9º 2ª


10º 5ª


Projecto/Ler é Divertido

Artes

Folhetos





Inês Antunes

Elisa Abrantes

Filipa Santos

Miguel Cintrão

Catarina Martins

Maria Pereira

Ana Bruno



9º 1ª


9º 2ª

8º 2ª


7º 2ª

8º 1ª


7º 2ª

8º 3ª


Concurso de Francês

Nível Iniciação


Nível Intermédio





Ana Gomes

Sofia Mântua

Ana Bruno

Marta Bruxelas

Rodrigo Cotrim

Elisa Abrantes

Ruben Elvas



8º 3º


8º 3ª

8º 3ª

8º 3ª


9º 4ª

9º 2ª


10º 7ª



Escrita Criativa

Bernardo Mayer

Joana Neves

Constância Bettencourt

12º 8ª


7º 2ª

10º 9ª


Projecto Pintar/Pranchas de Surf



Miguel Queirós


11º 1ª


Adeus


Primeiro Prémio do Concurso de Escrita Criativa - Ensino Secundário

Adeus.

É assim que acaba. É tão simples, tão comum. E só assim, tão sozinho, parece mesmo ser para sempre. Parece um…

-Adeus, nunca mais nos vemos.

E é triste e é belo. Pelo menos parece. Mas pode ser melhor.

Posso segurar a porta de minha casa, entregar-te um papel.

- Foi aquilo que me pediste. Lembras-te?

Sim, é claro que te lembras. Olhas o papel em melancolia. E eu espelho o eu olhar.

-Sim.

Seguras o que te dou, levemente. Os teus dedos são grossos e a pele da tua mão suave.

Ninguém chora. Não há razão. Conhecemo-nos demasiado bem.

E não dizemos adeus. Não. Olhas para mim e comprimes os lábios. Triste. Com o ar de quem não quer, não deixa dizer adeus. Ou não pode. Mais isso.

Ainda falamos?

Mas não posso ouvir a resposta. Tenho que fechar a porta e tu, sozinha, tens que olhar para o papel que te dei. É o que te digo. É o que me dizes. É um…

- Adeus. Eu sei que a vida continua. Ao menos tento saber.

Eventualmente, é nisso que me tornei. No nosso adeus. Repetido ao nível da loucura.

Bernardo Mayer 12º 8ª

Tudo Num Segundo


Primeiro Prémio do Concurso de Escrita Criativa - Ensino Básico


Tudo Num Segundo

Ele prometeu. Diante de toda a corte, de toda a família, diante do seu reino, ele prometeu não se casar com aquela condessa, viúva e mãe de um casal de gémeas. Uma mulher ruiva, elegante e de boas famílias. Não importava que todas aquelas pessoas presentes concordassem, ou se importassem com aquele juramento. O que importava era que ele o prometera à pessoa mais importante, mais especial e mais valiosa do que as suas riquezas, à sua filha, eu.

Poderíamos dizer que isto era um conto de fadas. Uma autêntica história da Cinderela. A única contradição era que “ele” não era um rei, eu não era uma princesa, e o nosso vasto reino se limitava a Forks, uma terra que praticamente ninguém conhece. Todo o resto da nossa história era verdade. O meu rei, mais conhecido por “o meu pai”, um homem viúvo desde que eu nasci, prometeu não se casar. Ele foi sempre recusando as propostas, e até hoje foram muitas… Nuca quebrou a sua promessa, até um dia…

A minha história começa verdadeiramente aqui. Fiz quinze anos, e mal podia saber que a minha vida ia dar uma volta de cento e oitenta graus.

Numa sexta à tarde, quando ia para casa, vi um carro estacionado no lugar que eu sempre tinha visto livre, sempre à minha espera. Achei estranho, e isso foi mais um motivo para me apressar a esgueirar-me pelo pequeno portão que dava para o jardim. Nos poucos segundos que levei a entrar, na minha cabeça navegava a inquietação. Quem estaria lá dentro com o meu pai? Entrei na casa desajeitadamente, quase caindo para a frente. Depois do que vi, preferia mil vezes ter estatelado a minha cara na carpete cor de ameixa. O meu pai beijava uma mulher alta, de olhos castanhos esverdeados. Usava uma roupa casual, calças bejes e uma blusa castanha de cetim. Ambos me olharam com uma cara de espanto. Não sei ao certo se pela minha cara de indignação, se pela sua própria surpresa. Fiquei estática. Não consegui reagir, queria dizer centenas e centenas de palavras, mas estas perdiam-se, quando chegavam à minha garganta. Ouvi apenas a voz do meu pai:

- Kelly temos de falar. Esta é…

- Não pai. Não há nada para explicar… - interrompi-o.

Apesar de tudo a minha voz mantivera-se calma.

- Filha, esta é a Stephanie, a minha noiva. Trouxe-a cá para ta apresentar. Pensei que ias gostar.

Deixei-o acabar de falar. Por momentos, o único som que se ouvia naquela sala era a das nossas respirações. Quebrei o silêncio:

- E a tua promessa? Não pensaste em mim por um segundo que seja? Não pensaste que me irias magoar?

- Pensei em tudo isso. Toda a minha vida pensei em ti. Desde que a tua mãe partiu, a minha vida girou à tua volta. Também tenho o direito a ser feliz. Direito a encontrar uma pessoa. Se me amas, aceita a Stephanie.

Como é que poderia fazer-me aquilo? O meu pai a chantagear-me? A pôr-me contra a parede sem piedade? Tinha de ceder.

- Como queiras. Eu odeio-te. Não a ti pai, mas a ela. – as lágrimas brilhavam na minha cara. Fugi e não disse mais nada.

Os dias foram passando. O casamento acontece e a minha querida madrasta mudou-se para nossa casa. O ambiente estava insuportável. Estava magoada com ambos. Por vezes, ele oferecia-se para me ajudar, mas recusava sem nunca perceber bem o que ela dizia. O meu pai dizia sempre esta frase: “O que será preciso para que a aceites? O que será preciso para a amares?” Naquela altura, para mim, uma autêntica “treta”.

Certo dia, a discussão foi maior. Recebi uma nega enorme. A maior da minha vida. Cheguei a casa e os insultos voavam. Foi a gota de água, quando disse ao meu pai que o odiava. Não sei o que me passou pela cabeça. Não senti nada daquilo. Apenas chorava e espumava de raiva.

O meu pai ficou ainda mais magoado que eu. Pegou no carro e foi por aí. Sentia-me muito mal. Não queria nada daquilo. Eu amava-o. Não o queria magoar. Ele era tudo para mim.

De repente, o telefone tocou. Stephanie atendeu e apenas ouvi os gritos dela. Não percebi de que se tratava. Corri e vi-a debruçada sobre si mesma, chorando. Senti pena dela e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Lembro-me daquela frase como se fosse hoje: “O teu pai morreu”.

Ela agarrou-se a mim e disse: “Fica comigo. Eu adoro-te e preciso de ti nesta altura.”

Agora percebi aquela frase. Tinha sido preciso ele morrer para que eu a amasse, para que eu percebesse o quanto precisava dela. O preço foi alto de mais, mas cumpri o seu último desejo.


Joana Neves - 7º 2ª


Imagens que se cruzam com palavras

Trabalhos da turma 11º 9ª
Parabéns pela criatividade e originalidade!














Exposição no Bloco A - 12º8ª e 12º9ª


A nossa escola está recheada de trabalhos dos alunos de Artes. Reparem nas cores e na beleza dos desenhos. Lembra-nos a nossa infância, não acham?



Aqui há todo um um universo de gestos de mãos humanas que evocam a vida...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Exposição - 12º 8ª



























Na espaço dos antigos cursos de Construção Civil, no meio das antigas máquinas e ferramentas, os alunos desta turma de Artes apresentaram os trabalhos realizados ao longo do ano.

Teatro- Açúcar ou Veneno




As turmas , 8º1ª e 8º2ª, da profª Ana Isabel Faria, depois de estudarem a peça " Falar Verdade a Mentir" de Almeida Garrett, escreveram cada uma a sua peça que levaram ao palco do auditório do CRE.
Foi um momento muito animado e todos os alunos das duas turmas foram envolvidos na elaboração da peça e na produção do espectáculo.
Vieram também alguns pais assistir à representação.
Aqui estão alguns momentos bem divertidos da turma 8º 1ª.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Projecto- Cidade Verde

Os autores do projecto

Este projecto mostra-nos uma cidade a funcionar com energia solar, uma cidade verde.
As preocupações ambientais são frequentemente tema de projectos dos alunos do 12ºano, o que revela que as novas gerações vão ser mais activas na preservação do planeta. Haja esperança...

domingo, 8 de junho de 2008

Projecto" Degradação da Baixa Lisboeta"

Na bela cidade de Aveiro

Na universidade


PRIMEIRO PRÉMIO MELHOR POSTER


PRÉMIO MELHOR LISBOA para a equipa do Projecto - Degradação da Baixa Lisboeta


Mostra de Projectos



AVEIRO - Concurso Nacional de Ideias - Cidades Criativas

20077/ 2008


Este projecto de alguns alunos da turma 12º 8ª, Diogo Lopes, Marta Branco Andreia Santos e Catarina Carvalho, concorreu ao concurso" CIDADES CRIATIVAS". Após a apresentação na Universidade de Aveiro, entidade promotora do concurso, ganhou o primeiro prémio "Melhor Poster" e o prémio "Melhor Lisboa".

Este grupo animou ao longo do ano um blogue de muita qualidade que muito nos orgulha, que levou os promotores do concurso a escolher a nossa escola para serem apresentados os blogues da cidade de Lisboa e ao qual, desde o início do ano, demos visibilidade através do Deleit.ura.

Parabéns aos meninos e ao professor! A BECRE e toda a equipa deseja-vos muito sucesso nos exames e... voltem sempre.Estaremos por aqui sempre que precisarem.





sábado, 7 de junho de 2008

A OPSIS Nº 3

A última Opsis deste ano saíu ontem. Desta vez, as responsáveis foram duas alunas, a Carolina Russinho e a Teresa Caetano, do 12º 1ª, que usaram a Opsis 3 como projecto, na disciplina de Área de Projecto, em parceria com a equipa da revista.
Esta revista foi uma aposta do CRE que decidiu aceitar o desafio da nossa presidente do Conselho Executivo, Profª Manuela Esperança, por considerar que assim poderia dar visibilidade a muitas coisas interessantes que os nossos alunos fazem. Deste modo, demos a conhecer textos, imagens e projectos que muito nos orgulham pela qualidade que revelam.
Queremos continuar o projecto e garantimos que há já uma equipa interessada, só precisamos de arranjar apoio monetário.
O projecto da revista só foi possível, porque teve o apoio da Gráfica SeriseExpresso e do Professor Jorge de Carvalho, da Universidade Lusófona, que nos ofereceu o primeiro número e produziu os outros por um preço simbólico. Tivemos também o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian que subsidiou a compra de computadores e programas indispensáveis à realização da revista.
Agradecemos os apoios concedidos e prometemos continuar a esforçar-nos para construir uma escola de qualidade. Temos óptimos alunos e professores e não desistiremos .

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Projecto - 100% Reciclado

Celebramos o DIA MUNDIAL DO AMBIENTE
Uma obra que nos inspira e nos exige que respeitemos a Natureza reciclando
e criando.
É um projecto de intervenção na escola neste dia mundial do ambiente Estes alunos deixam -nos assim, generosamente, a sua criatividade.

Projecto de Carolina Piteira, Ana Amaral, Bárbara Costa, Joana Silva e Fernando,
12º8ª