Tendo em conta as estâncias 96 à 99 do Canto VIII de “Os Lusíadas”, concordo plenamente que as reflexões do poeta são intemporais.
Desde os primórdios das trocas mercantes, da criação da moeda e em qualquer civilização, sempre se associou o tamanho (grandeza) das riquezas ao poder, e por sua vez a corrupção.
Qualquer pessoa que possua uma avultada quantia de dinheiro ou valores pode/consegue atingir uma função importante, continuar a receber bem e ir criando “amizades” com pessoas (também elas influentes) em diversos cargos, quer de privados quer a nível do Estado.
Desde que se dá importância ao dinheiro, as sociedades começaram a adoptar um sistema que girasse em torno dele. Quanto mais riqueza uma sociedade tem, mais e melhor qualidade de vida obtém. Regredindo ao tempo de Camões, quanta mais riqueza, maiores armadas, melhores caravelas, exércitos mais bem equipados e mais numerosos, uma sociedade toda ela mais influente (tal como os Romanos por exemplo).
Contudo, e voltando à actualidade nem sempre é assim. Vendo o exemplo do Ruanda ou países adjacentes, em que a extracção de diamantes é o principal negócio verificamos que não houve um bom uso da riqueza do país. A corrupção nessas zonas atinge níveis inimagináveis e o fosso entre ricos e pobres é cada vez maior.
Termino, expondo o meu raciocínio de que as sociedades se deveriam virar mais para o assegurar das suas condições de vida e para o bem estar das populações. O dinheiro é importante, claro, mas não no grau de importância que lhe damos neste momento.
Mas costumes e tradições são difíceis de mudar...
Rodrigo Almeida Nº 15 12º11ª
Sem comentários:
Enviar um comentário