Estenderam
aos dias um tapete de seda
Para
que corressem céleres e discretos
Como
crianças descalças nos bosques,
Que
silenciosamente correm entre as árvores,
Saltitando
nos pequenos pés desnudos.
Não
sei quem o fez, mas foi mal feito,
Porque
agora queremos agarrar
Os
matreiros dias velozes,
Mas
nem mesmo os ouvimos chegar,
Porque
passam nesse tapete
Num
silêncio de morte e perda,
Pois,
em comparação, o som
De
pés pisando o manto castanho
De
folhas do Outono, seria
Como
o trinado de um pássaro
Abafando
o rastejar de uma minhoca.
Assim,
os dias aprenderam a lição
E
fogem rapidamente
Com
os pés envoltos em algodão,
Deslizando
entre as árvores do silêncio,
Deixando
para trás escassos rastos etéreos
Do
tempo em que adejaram pelos bosques.
Tomás Vicente 12º9ª
2 comentários:
Adorei o teu poema e fez-me pensar que também eu tenho saudades dos meus dias velozes...
O blogue está muito bom.
Parabéns!!!
Obrigado, professora! Fico muito feliz por ter gostado do poema!
T.V.
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