Perguntei: O que és?
E tu respondeste: Sou um jogo de traços.
Faço uma careta e lanço-te aquele olhar a dizer:
Explica-te melhor...
E tu explicas: Sim... sou traços leves, carregados, duros, macios...
Sou traços claros, escuros...
Sou traços que acalmam e chocam a verdade que tão falsa é...
Sou traços que brincam e mostram o tanto que é tão pouco do que vemos...
Sou traços que nascem e morrem como imaginas
E eu voltei a perguntar: O que és?
E, com tua grande serenidade, continuas:
Sou o que tão simples pode ser como tão complexo me podes tornar.
Sou pensamentos, sou experiências, sou o que vives e o que viveste...
Que mais serás?
Sou o quê ou quem tu desejas.
Sou uma esperança, sou um sobrevivência
Sou a Vida ou sou a Morte
Sou abstracta ou sou concreta
Sou como me querem, sou como me sentem...
Ja embaraçado, de tanto indagar, repeti: O que és?
Sem demora e firmemente, disseste:
Sou tudo o que existe e não existe.
Então, respirei fundo, bem devagar...
E nesses segundos, olhei para todo o Mundo...
E conclui sem conclusão absoluta:
Tu és Arte.
Eu sou Arte...
Bruno Portugal
O Poeta
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