Muita gente pensa, talvez, que a
mitologia é algo ultrapassado, uma coisa cujo estudo já não nos proporciona nada.
Quem é desta opinião não poderia estar mais enganado, uma vez que cada
mitologia nos oferece um conhecimento valioso da maneira como os antigos povos
politeístas encaravam o mundo que os rodeava e o próprio ser humano.
As respostas
que encontraram para as suas dúvidas estão, em grande parte, reflectidas nas
suas crenças, que deram origem a canções, poemas e outros textos. Assim sendo,
este é um bem precioso. Além do seu interesse, devido à imagem que nos dá de uma
civilização perdida, a mitologia é também um manancial de expressões dos
sentimentos humanos através dos tempos que se perpetuam, ao longo dos séculos,
em belas histórias cujas páginas parecem estremecer de vida e autenticidade. São,
por isso, uma “enciclopédia” do que significou, ao longo das diferentes épocas
da História, ser-se humano, ter-se uma consciência de si próprio e carregar
sobre os ombros o peso da existência.
Assim,
com as suas alegorias e artifícios de deuses, gigantes, demónios, elfos e
outros que tais, as lendas antigas podem conceder-nos a bênção de ensinamentos
preciosos que devemos estimar e respeitar e valores humanos que, na sua
maioria, continuam actuais e são expressão de uma pureza emocional que se tem
vindo, em alguns aspectos, a perder, com o tempo e a modernização.
Tomás Vicente nº27, 11º3ª
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