sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Votos de Feliz Natal para todos!


A toda a comunidade escolar, VOTOS DE BOAS FESTAS, esperando que o Natal traga a todos muita alegria e que o Ano Novo venha proporcionar novas e enriquecedoras experiências!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

C.S.Lewis - o "Apóstolo dos Cépticos"



(tradução rudimentar: "O que é espectacular é estar sempre a ler e nunca me aborrecer - pensem nisto não como um trabalho mas como um vício. Os nossos gastos em livros devem ser sempre a nossa maior extravangância" - C.S.Lewis, em carta a Derek Brewer a 4 de Agosto de 1941)


Clive "Jack" Staples Lewis (Belfast, 29 de Novembro de 1898 - Oxford, 22 de Novembro de 1963) foi um escritor, poeta, teólogo, filósofo e professor universitário irlandês. Destacou-se pelo seu intelecto entre os seus pares académicos e como professor talentoso, e também pela sua activa participação no esforço de guerra britânico por altura da Segunda Guerra Mundial, período durante o qual fez inúmeras gravações para a rádio BBC, passando uma mensagem de esperança baseada na fé cristã, o que lhe granjeou o epíteto de "apóstolo dos cépticos". Escritor prolífico, entre as suas obras mais conhecidas contam-se os livros da série As Crónicas de Nárnia e o romance Till We Have Faces

No dia em que se comemora o aniversário da sua morte (ocorrida exactamente uma semana antes do seu sexagésimo quinto aniversário, devido a uma paragem renal), é preciso lembrar as inúmeras contribuições daquele que foi um dos grandes vultos das letras inglesas do século XX...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sobre Livros Velhos - Tentativa de Desmistificação


Livros velhos! Detesto esta expressão - ou melhor, detesto quando é usada em sentido pejorativo. As opiniões dividem-se quando se coloca a questão se na sociedade actual se lê mais ou menos do que se lia antes. Talvez alguns sectores da população leiam mais livros mas de menor qualidade do que anteriormente. Neste grupo incluem-se, é claro, os jovens. Na generalidade, até vamos lendo, mas se formos a ver o que mais se lê, descobrimos títulos de séries como O Capitão Cuecas e O Diário de um Banana no «top» de requisições das bibliotecas escolares - convenhamos que, por muito (ridiculamente) cómicos que forem estes livros, ficar-se preso nesta "etapa" da descoberta da leitura é como ficar preso à etapa dos brinquedos da primeira infância. Se isto diz alguma coisa acerca de nós, também aquele célebre frase de uma pessoa que se vê perante uma gama de livros que tem de escolher o faz: "esse livro não, que é velho..."
O primeiro caso em que se ouve dizer de um livro que é velho ocorre quando o emissor deste juízo se depara com um livro escrito há muito tempo. Imaginemos duas pessoas que vão juntas às compras e entram numa livraria. Uma delas (possivelmente mais nova) quer levar um livro qualquer e, deparada com o vasto acervo da loja, põe-se a escolher, com a outra pessoa colada ao ouvido a murmurar conselhos e a emitir críticas às possíveis escolhas. Eis senão quando, aparece-lhes à frente um exemplar...sei lá...de Guerra e Paz, de Tolstoi. A pessoa que vai à frente pega no livro, folheia-o e a outra pessoa, assim que vê o título no cabeçalho das páginas abertas, diz logo: "Ai, não leves esse, que esse é velho" e a outra pessoa, se for influenciável (como sucede demasiadas vezes hoje em dia), larga logo o livro, como se este estivesse cheio de bolor. Podia ser dito "não leves esse, que está ultrapassado", mas não, as pessoas insistem em associar àquilo que tem uma história já avançada em anos com a ideia de que nada tem para oferecer à actualidade, rotulando tudo como "obsoleto", "fora de moda", normalmente dizendo tacitamente que "é grande, chato, e eu não consegui lê-lo". Assim, e como as pessoas são, infelizmente, influenciadas sem sequer terem a noção de que o são, provavelmente, se uma mãe disser vezes suficientes a um filho que Tolstoi é "velho" e "chato", provavelmente essa ideia irá enraizar-se nele e, quando questionado, dirá categoricamente: "Tolstoi é chato". Depois perguntam-lhe "Que obras dele é que leste?"; não, não leu nenhuma, mas a mãe disse que era chato, por isso sempre o achou chato. "Então mas como é que sabes, se nunca leste?". A partir daqui, talvez uma parte destas pessoas tenha a curiosidade de ir ler Tolstoi para ver se é mesmo verdade o que a mãe dizia, mas isso pode demorar muito tempo ou nunca acontecer.
Sei disto por experiência própria. Eu cheguei tarde aos prazeres da leitura. Já andava no sexto ano quando finalmente descobri que ler é uma das melhores coisas que se pode fazer. Mas mesmo depois de começar a ler, não li logo muitos livros que depois vim a apreciar e admirar por causa desta assumpção de que as opiniões baseadas no não conhecimento do pai ou da mãe são verdades absolutas. Eu lembro-me de, por alturas de 2007, ter ido à Fnac e de um funcionário simpático me ter aconselhado a ler A Guerra dos Tronos. Comprei o livro, mas quando a minha mãe exerceu o seu poder de censura e o leu primeiro, pôs o livro na prateleira mais alta e classificou-o de "chocante, horrível...não o leias". Mais tarde, sucedeu o mesmo com O Imperador de Portugal, de Selma Lagerlof («não leias, é muito triste») e com o fantástico épico O Senhor dos Anéis (para esse, a descrição foi mesmo "é velho e chato", o que não podia ser mentira maior, pois foi talvez o livro mais belo que li até hoje). Por aqui se vê o que se perde seguindo conselhos pré-fabricados sem os pôr à prova por experiência própria. E por aqui se vê também o que se perde ao descartar das nossas leituras todos os livros que ouvimos classificar como "velhos". Não esqueçamos que, muitas vezes, são as obras mais antigas que mais têm para nos ensinar: livros como Beowulf, escrito há mais de mil anos, ou Os Lusíadas, escrito há cerca de quinhentos, passando também por outros marcos da literatura, até aos de um passado recente, como é o caso de Guerra e Paz e d' O Senhor dos Anéis, são documentos valiosíssimos, produto (aparentemente) de uma colheita esquecida. Longe vai o tempo em que os antepassados eram sempre minuciosa e respeitosamente estudados. Agora simplificamo-los. Não faz sentido.

Outro caso, talvez mais facilmente detectável, em que se aplica com demasiada altivez o termo "velho" a um livro é quando se nos depara uma edição algo antiga, possivelmente com páginas amarelas, eventualmente sublinhada e anotada. Já todos ouvimos dizer, "deita-se esse fora, que é velho, e guarda-se o que chegou novinho em folha". É pena que se tenha tão pouca estima pela história dos objectos em si mesma. Se um livro está gasto, possivelmente terá sido muito manuseado. Logo, deve conter alguma coisa de valor, algum ensinamento, alguma qualidade. Há algum tempo, veio-me parar às mãos um manual de Português do 7º ano que alguém já não queria. Tinha sido já muito usado, de tal modo que a lombada, desgastada até ao máximo, estava quase a separar-se. O meu sétimo ano já vai longe, mas guardei-o na mesma. Ora, vim mais tarde a descobrir, ao folheá-lo, que tinha uma excelente síntese dos conhecimentos elementares de gramática  mesmo no fim, com bons diagramas e tabelas que, mesmo agora, me são úteis.

É, portanto, engraçado constatar que o adjectivo "velho", quando aplicado a um livro, é totalmente descabido. Por mim, prefiro usar, em qualquer um destes casos, o adjectivo "venerável", muito mais adequado.

Tomás Vicente nº21, 12º9ª

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore



Esta pequena curta-metragem, "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore", foi a vencedora do Óscar de 2012 para a melhor curta-metragem. É uma alegoria muito perspicaz e comovente acerca do papel dos livros na nossa vida e devia ser passada em todas as escolas e visto por toda a gente!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Livros de Saramago para todos!



Lembramos a todos os bibliófilos e leitores entusiastas do nosso agrupamento que até domingo, dia 18 de Novembro de 2012, está em curso uma promoção na compra de qualquer livro de José Saramgo (50% de desconto), a propósito da comemoração do 90º aniversário do seu nascimento! APROVEITEM E...


BOAS LEITURAS!



José Saramago
faria 90 anos hoje, 16 de Novembro

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo." José Saramago

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dia Internacional da Filosofia - 15 de Novembro 2012
Celebrado há 10 anos pela  UNESCO, este dia permite-nos partilhar vivências e modos de as pensar, numa tentativa de respeitar a diversidade cultural. Este ano, sob o lema "As Gerações Futuras", serão promovidos debates sobre a responsabilização perante a juventude e o seu futuro, assim como, uma série de iniciativas dedicadas a práticas filosóficas inovadoras.
This year a group of schoolchildren from Greater Paris will install a “time capsule” containing messages they would like children of their age to read in 2062. The Day will conclude with a concert of the blues-based group Circular Time.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

23º Festival de Banda Desenhada acabou dia 11 Nov

Paulo Monteiro - Um Vencedor 2011
Melhor Argumento 2012 - "O Pequeno deus cego" -  David Soares
Melhor Álbum Tiras Humorísticas 2012 -"Mutts" - Patrick McDonnell
Melhor Clássicoda Nôna Arte 2012 - "Sangue Violeta" - Fernando Relvas
Melhor Ilustração Infantil 2012 - "Todos Fazemos Tudo" - Madalena Matoso
Melhor Álbum Estrangeiro 2012 - "Blankets" - Craig Thompson
Melhor Desenho 2012 - "Pontas Soltas: Cidades" - Ricardo Cabral
Melhor Álbum Nacional -"Dog Mendonça: Pizzaboy II"-  F.Melo e  Juan Cavia
Melhor Fanzine 2012 - "Fábricas, Baldios, Fé e Pedras Atiradas à Lama" - Tiago Batista

Dia de S. Martinho



O Dia de S. Martinho é um dia especial, seja pelo espírito de solidariedade que perpassa a lenda deste santo, nascido ainda em dias do Império Romano, seja por aquele cheiro especial a Outono, a castanhas, a histórias...

Este ano não é excepção e eis-nos aqui para festejar mais um dia 11 de Novembro com toda a tradição que lhe é devida! Não percam o magusto e as deliciosas castanhas e, já agora, aproveitem para visitar a nossa BE e levar para casa um ou outro livro com histórias adequadas à quadra e ao espírito com que devemos vivê-la...e podem crer que há livros para tudo!

Bom apetite!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O que será que se aproxima?

Abraham "Bram" Stoker - O "Pai" de Drácula




No dia em que se comemora o 165º aniversário do nascimento do autor irlandês Bram Stoker (1847-1912), não é demais dizer algumas palavras acerca da sua vida e da sua obra. 

Nascido em Dublin a 8 de Novembro de 1847, esteve acamado até aos sete anos de idade, altura em que, após uma recuperação total, começou a frequentar a escola. Licenciou-se com distinção em Matemática no prestigiado Trinity College da sua cidade natal, ao qual continuou ligado durante algum tempo. Apreciador de teatro, tornou-se crítico teatral para o jornal Dublin Evening Mail. Em 1876, conheceu e tornou-se amigo do actor Henry Irving, após ter escrito uma crítica favorável à encenação por este feita da peça Hamlet, de William Shakespeare, o que veio a ser um marco importante na sua vida pois torna-se-ia, pouco depois e pelos seguintes vinte e sete anos, assistente e secretário de Irving, bem como gerente do teatro que este detinha em Londres, para onde se mudou.

Os seus deveres como colaborador de Henry Irving haviam de o levar a contactar com nomes célebres da literatura da altura, como Arthur Conan Doyle e Walt Whitman, e introduzi-lo-iam na alta sociedade da época. Além disso, as digressões frequentes haveriam de o levar a conhecer um grande número de países - curiosamente, nunca este na Europa do Leste, pano de fundo do seu mais famoso romance, Drácula, publicado em 1897!

Já consagrado como escritor, veio a morrer após uma série de ataques cardíacos, em Londres, a 20 de Abril de 1912






Lista de algumas obras de Bram Stoker...

1875 - The Primrose Path
1881 - Under the Sunset
1890 - The Snake's Pass
1895 - The Watter's Mou'
1895 - The Shoulder of Shasta
1897 - Dracula
1898 - Miss Betty
1902 -The Mystery of the Sea
1903 - The Jewel of Seven Stars
1905 - The Man
1908 - Lady Athlyne
1908 - Snowbound: the Record of a Theatrical Touring Party
1909 - The Lady of the Shroud
1911 - The Lair of the White Worm
1914 - Dracula's Guest and Other Weird Stories

segunda-feira, 5 de novembro de 2012


A Biblioteca de Alexandria comemora este ano o seu 10º Aniversário no dia 16 de Outubro 2012. 
A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolemaica e existiu até à Idade Média, altura em que, alegadamente, foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas.
Atribui-se a sua fundação ao faraó Ptolomeu I Sóterou no início do século III A.C. Plutarco (46 D.C.–120) escreveu que, durante sua visita a Alexandria em 48 A.C., Júlio César queimou acidentalmente a biblioteca ao incendiar seus próprios navios com a intenção de fazer frente a Achillas, que tentava limitar a capacidade de Júlio César comunicar por via marítima. De acordo com Plutarco, o incêndio  alastrou-se em direção às docas e daí à biblioteca.
Destinada como uma homenagem e cópia da biblioteca original, a Biblioteca Alexandrina foi inaugurada em 2002, tendo sido edificada na zona da antiga biblioteca. A imensa sala de leitura cobre uma área de 70000 metros quadrados. A proximidade do campus alexandrino determina que os universitários constituam a maioria dos seus frequentadores. Se quiseres saber algo mais sobre a história desta esplendorosa biblioteca, consulta este site.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween...!

Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há...





Um feliz dia das Bruxas, com muitas (mais) doçuras (que) travessuras, e uma grande dose de boas leituras! Nunca é demais rever ou reler um daqueles clássicos do Halloween e do imaginário ligado às bruxas e semelhantes...quiçá um Frankenstein, um Drácula ou um Van Helsing para dar mais cor ao serão...

E claro, atenção porque....
...elas andam aí!

domingo, 28 de outubro de 2012

“O Amor Juvenil Através dos Tempos: Do Amor de Perdição aos Nossos Dias” - síntese

A obra Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, detém um lugar privilegiado de
herdeira de uma longa e venerável tradição romanesca que se vem elaborando desde a
Antiguidade Clássica, sendo precisamente o modo como conjuga influências do património
literário anterior com a actualização dos modelos cedidos pelo mesmo (o que o autor
consegue através do desenvolvimento ímpar, seguindo uma abordagem pessoal, dos
arquétipos herdados) uma das coisas que torna este livro um marco da literatura
portuguesa.

No entanto, o mais notável, em Camilo, é a autenticidade da maioria das
personagens e a credibilidade das relações entre elas estabelecidas. O autor deste romance
soube compreender o Amor na perfeição e o modo como o trata na obra em questão é
simultaneamente realista à luz do tempo em que viveu e intemporal, o que faz com que as
suas personagens uma feição de flagrante actualidade.

Sem dúvida, a “sacralização do amor”, hoje em dia, não se processará nos mesmos
moldes, o que não obsta a que o neo-platonismo, omnipresente ao longo deste livro, seja,
ainda no presente, uma constante do verdadeiro sentimento, do mesmo modo que não
impede que a matéria dessa sacralização e sua vivência sejam, na sua essência, as mesmas
Partindo de uma leitura atenta da obra, facilmente se pode concluir que não podia estar
mais longe da verdade a ideia que hoje vulgarmente se tem de uma literatura camiliana
exagerada, marcada por excessos patéticos. Se Camilo leva, no romance, o amor ao
extremo é porque foi o amor juvenil que o escritor escolheu tratar, precisamente aquele que
talvez seja o estádio mais absoluto do sentimento – e, obviamente, o que é absoluto
facilmente conduz a extremos. Temos, pois, em mãos, um livro que tem tanto de pungente

humanidade e verdade hoje em dia como o teve no já remoto ano de 1862.
Tomás Vicente 12º9ª nº21
[síntese do supramencionado trabalho apresentado no CCB no passado dia 24, destinada a publicação no próximo número da revista Opsis]

sábado, 27 de outubro de 2012

Homenagem a Manuel António Pina


"A Um Homem do Passado"

Estes são os tempos futuros que temia 
o teu coração que mirrou sob pedras, 
que podes recear agora tão fundo, 
onde não chegam as aflições nem as palavras duras? 

Desceste em andamento; afinal era 
tudo tão inevitável como o resto. 
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se 
da tua vista os bons e os maus momentos. 

Tu ainda tinhas essa porta à mão. 
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.) 
Agora já não é possível morrer ou, 
pelo menos, já não chega fechar os olhos. 

Manuel António Pina, in Nenhum Sítio


Manuel António Pina, poeta e um nome de grande relevo da literatura portuguesa contemporânea, morreu no passado dia 19 de Outubro, no Porto, aos sessenta e oito anos de idade, deixando para trás uma obra vasta e variada, um marco das nossas letras. 

Aqui ficam alguns sites com notícias actualizadas acerca da morte do poeta, entrevistas que este deu e locais onde se pode ler a sua poesia online:




"Não se mandam cartas, mandam-se SMS"


Esta é a segunda parte da conferência realizada no Pequeno Auditório do CCB na passada quarta-feira. Nesta segunda parte intervieram vários intelectuais de renome, debatendo o tema de uma outra perspectiva.

Para ficarem a saber mais, vejam a notícia apensa que foi publicada no suporte digital do Diário de Notícias

Paralelamente, todos os bibliófilos da nossa escola e do exterior podem, no site do mesmo jornal, fazer o download de doze livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir das edições antigas existentes no espólio da Biblioteca Nacional...uma delícia para os olhos e para a mente!

"Amor de Perdição na perspectiva dos amores juvenis de hoje"



Aqui está a gravação da palestra "Amor de Perdição na perspectiva dos amores juvenis de hoje", realizada no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém na passada quarta-feira, dia 24 de Outubro, no âmbito do Ciclo Camilo Castelo Branco organizado pelo CCB para comemorar o aniversário dos 150 anos de publicação do romance Amor de Perdição. Esta palestra resultou de uma parceria entre o CCB e algumas escolas secundárias de Lisboa, uma das quais foi a nossa, representada pela professora Manuela Ramos (de Português) e pelo aluno Tomás Ferreira, do 12º9ª.

Numa sociedade em que, mais do que nunca, é preciso promovera cultura, essa divulgação passa pelo conhecimento dos clássicos da nossa literatura, em cujo cânone de textos Camilo Castelo Branco ocupa, sem dúvida, um lugar privilegiado de gigante, ainda que, muitas vezes, seja injustamente denegrido e menos considerado relativamente a escritores como Eça de Queirós.

Esse conhecimento dos marcos da nossa literatura deve ir, claro, além de uma simples leitura. Deve-se analisar o que se lê, questionar, reflectir sobre o livro, sobre a(s) sua(s) mensagem(ns), sobre o que nos ensina, etc. Usando dessa abordagem, ver-se-á, por exemplo no caso d' O Amor de Perdição, que a obra de Camilo, longe de estar datada de ser, como tem vindo a ser rotulada, "obsoleta", é um quadro vivo da condição de ser-se humano, que nos fornece modelos e personagens cujas características pessoais ainda se encontram na realidade, entre nós, todos os dias.

Mediante, pois, a importância da preservação do respeito e do amor pela Literatura Portuguesa, é com satisfação que constatamos o sucesso da participação dos representantes da nossa escola e que exortamos todos os membros da nossa comunidade escolar a "despertarem" para os encantos que nos apresenta o mundo das letras, que é, bem se pode dizê-lo, um universo com infinitos universos nele contidos. A escola, como espaço de formação intelectual e de descoberta de identidades, é o espaço certo para nos envolvermos nesse novo mundo.

Na nossa escola, em particular, onde abundam pessoas empenhadas e meios vastos, tem, por isso, existe o ambiente necessário para que as consciências despertem e as sensibilidades intelectuais floresçam, pelo que esperamos que, no futuro como no presente, se perpetue a conjuntura que permite que se aproveite o melhor de cada um, de cada situação e o melhor de cada dia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


           Dia Internacional das Bibliotecas Escolares




Os professores  de português, inglês e francês estão convidados a visitarem-nos, durante o dia, com os seus alunos (no início ou final da aula), para escreverem uma frase ou fazerem um desenho, num painel intitulado:  A Biblioteca é...







 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Dia Mundial da Alimentação
Em todo o mundo, cerca de 800 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar. Isso significa que não têm acesso à alimentação saudável, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente.
Esta data é comemorada há 27 anos e lembra a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Foi assim na nossa Escola...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

28 de setembro - Encontro de Bibliotecas Escolares e Municipais



A nossa escola recebeu este ano o Encontro de Bibliotecas Escolares e Municipais promovido pela DRELVT  em parceria com a RBE.
Foi um momento de partilha de boas práticas em que todos aprendemos que a boa colaboração faz mover quase todos os obstáculos.
A todos os bibliotecários e demais intervenientes nesta tarefa sempre inacabada de promoção da leitura a biblioteca da Vergílio deseja um bom ano de trabalho.




A



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cantinho da poesia


A Canção dos Dias

A cada dia, ao despertar,
Sinto algo que vem das profundezas
De tudo à minha volta,
Com o intento de me puxar
E comigo mergulhar
Nas maravilhas a desabrochar.
                                  
Ao longo do dia fatigante,
Nem um instante me abandona
Esse espírito melancólico,
Que espera a momento oportuno
Para soltar em mim a nostalgia
Pelo que hoje existe
E amanhã fenecerá.

O crepúsculo aveludado
Dá-lhe mais força e o fogo arde,
Mais vivo no lar de pedra.
Mas só quando, por fim,
À almofada fofa faço confissões
É que, dentro de mim,
Esse bichinho se liberta
E me apaga o corpo,
Ficando só o espírito,
Que sai pelos campos a viajar.

E, por ter estado preso longo tempo,
Tem uma tão grande fome de sonhar
Que nunca mais o consigo encontrar.
De noite chora pela Natureza do luar coberta,
De dia saltita por vales indómitos
E vai sempre um passo à minha frente,
Calcorreando o mar do sonho
Ao sabor da música escutada,
O som da canção dos dias.

Tomás Vicente, 12º 9ª

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

A Estante Solidária






"Enquanto escola de pessoas eco-inteligentes  e socialmente empenhadas" e dando sequência ao trabalho realizado pelo 8º4ª no ano lectivo 2011/2012, iniciámos o projecto Estante Solidária. Alunos, professores, encarregados de educação e assistentes operacionais podem levar da nossa estante solidária (no Átrio) manuais e outros livros. Quando não necessitarem dos mesmos, podem entregá-los na Biblioteca Escolar para voltarem a ser partilhados com a comunidade escolar através desta iniciativa.

Colabore e divulgue o nosso projecto!

A Equipa da Biblioteca Escolar

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Bem-vindos ao Ano Lectivo 2012/2013


A Equipa da BE deseja a todos os alunos, professores e assistentes operacionais um agradável regresso às aulas e um feliz ano lectivo 2012/2013, pleno de aprendizagens e, claro, acompanhado de saudáveis leituras!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um Tesouro de Biblioteca em Coimbra

O professor Carlos Fiolhais,  foi o guardião da Biblioteca Joanina durante sete anos e fala-nos, no seu modo informal de ser, dos tesouros que esta nossa biblioteca guarda.  Desse tempo em que orientou os destinos desta maravilha do nosso património, ficou a digitalização de 7000 livros que podem ser folheados online no site da biblioteca. Entre eles está a 1ª edição de Os Lusádas, 1572.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sugestões de Livros para Professores, Alunos, Funcionários e Pais em Férias

Sugestão da nossa subdirectora, profª Manuela Antunes
 

“Caligrafia dos Sonhos”, livro mais recente do vencedor do Prémio Cervantes Juan Marsé, é uma obra que tem o equívoco como importante pilar da sua narrativa. Quase tudo se baseia na credibilidade, e não na veracidade do que é contado. Ringo opta constantemente pela reinvenção de memórias ou pela projecção no presente de uma fantasiada realidade. Os seus desejos abordam o Real de forma criativa, apesar de ele negar que o faça:
“Eu não invento nada”
As referências literárias são constantes e denunciadas. A “indisciplina” das leituras de Ringo é idêntica à própria formação literária do autor.
“A formação é autodidacta, totalmente. Aos treze de anos deixei o colégio para trabalhar. Quando deixei o colégio não tinha aprendido quase nada. Então fui autodidacta e guiei-me por «olfacto», por instinto… Romances de quiosque, de aventuras e policiais. Alguns anos depois descobri os romances franceses, russos e foi um deslumbramento. Não tive nenhum guia. Baudelaire, Stendhal…; os russos Tolstoi, Dostoievski…; os ingleses Dickens, Stevenson…; os americanos Faulkner, John dos Passos, Hemingway”
Este livro é, segundo o autor, o mais autobiográfico de todos. Mas isso pouco importa.  

                                                                                                           Mário  Rufino
  João Ricardo Pedro é o primeiro português a ser distinguido com o Prémio LeYaSugestão da nossa biblioteca

PRÉMIO LEYA 2011
 "Escrevi este livro quando estava desempregado"

João Ricardo Pedro, manifestou uma "enorme alegria" quando soube da distinção para o seu primeiro romance "O Teu Rosto Será o Último", livro que começou a escrever há dois anos, quando ficou desempregado.
O  autor, natural de Lisboa, declarou ainda que o galardão hoje anunciado pelo grupo editorial LeYa, "é um importante reconhecimento de um trabalho exaustivo". "Escrevi este livro há dois anos, quando fiquei desempregado", disse ainda à agência Lusa, acrescentando que vai ser um grande incentivo para continuar a escrever e que já tem novas ideias.
O romance relata a história de uma criança nascida em Portugal no período da Revolução do 25 de Abril e segue o seu percurso até aos 17 anos, acompanhada pela família. "Esta família herdou traumas da ditadura, que se refletem no filho", apontou.
Questionado sobre se o livro reflete uma experiência pessoal do autor, João Ricardo Pedro indicou: "Há algumas semelhanças, mas não é uma autobiografia".
                                                                                                                               In Expresso
 
 Breve História de Quase TudoSugestão da nossa biblioteca
 
 
Breve História de Quase Tudo de Bill Bryson
Uma pesquisa digna de um mamute, anos de investigação e como resultado... O Big Bang, os dinossauros, o aquecimento global, geologia, Einstein, os Curies, a teoria da evolução, a gasolina com chumbo, a teoria atómica, os quarks, os vulcões, os cromossomas, o carbono, os organismos edicarianos, a descontinuidade de Moho, o ADN, o Charles Darwin e um zilião de outras coisas. Em linguagem não demasiado científica, sempre clara e com as devidas anotações, o leitor é conduzido, por este autor extremamente divertido e bem informado, numa viagem através do tempo e do espaço, cujo prato forte é também revelar-nos algumas ironias do desenvolvimento científico. Esta é verdadeiramente uma obra que nos dá a sensação de ter o mundo na palma da mão.


                                                                            


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Projeto LER+ 2011/2012


Recordamos alguns leitores dos Encontros Ler+ e apresentamos alguns momentos da Festa do Final de Ano em que recebemos, com muito prazer, Ricardo Araújo Pereira para terminar o projeto Ler+.
Foi ele que entregou os prémios dos Diários de Leitura, do Concurso de Escrita Criativa, do Concurso Pessoana Mínima e de outras atividades realizadas na Semana Cultural. Falou de livros e de leituras de uma maneira inteligente e fez-nos dar belas gargalhadas como podem ver.
Este projeto irá continuar na nossa escola, agora já integrada num agrupamento com a Escola EB2/3 de Telheiras.
Queremos ser uma comunidade leitora e estender este desafio a todo o agrupamento.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Oficina de escrita


 O Sonho Que Não Era Meu

Tu tinhas um sonho
E esse era só teu.
Mas um dia contaste-mo
E ficou de nós dois.

Que fazer com um sonho
Que não é meu?
Devo lutar por ele
Como pelo que primeiro me pertenceu.
Pois lutar pelo sonho de alguém
Faz o meu próprio sonho pertencer a ninguém.

Pois os sonhos fazem-nos viver de verdade
E, partilhados, fortalecem a amizade:
Ao partilhá-lo comigo
Reencontraste um amigo.



                                                   Tomás Vicente